Esses dias, estava lendo uma matéria no Meio e Mensagem: “Mobile cresce e agências ainda engatinham no setor”. Um dos parágrafos que me chamou muito a atenção: “segundo o levantamento, 96% dos Millennials consomem notícias e informações online, e destes, 36% se informam apenas pelo celular. A cada quatro minutos de leitura online, três se dão via mobile.”
Sem dúvida, é inegável que os celulares representam o meio com maior penetração mundial. A pergunta que ficou martelando: nos realmente entendemos o que significa desenvolver estratégias de comunicação e marketing para este dispositivo? Realmente conhecemos todas as possibilidades de uso e como ser relevantes? Estamos mais preocupados com a mensagem da campanha ou com o número de cliques que ela irá gerar? Não estou dizendo que as métricas não são importantes – elas são! Mas antes de pensar nos resultados, que tal pensar melhor nos nossos públicos e objetivos?
Primeiro, acho bom entender do que se trata a tal geração dos Millenials ou geração Y que aprendeu a ser digital. Sim, eles são conectados, e super plugados…. Eles precisam mostrar que estão inseridos no contexto digital. Don Tapscott dá uma boa explicação para isso: “A geração Y foi, superexposta a um novo nível de informação, afastada dos trabalhos braçais e sobrecarregada de “prêmios” e facilidades materiais em troca de pouco ou nenhum esforço. Em parte, este processo ocorreu devido a uma aparente compensação a partir dos pais, originários da geração X, possivelmente tentando compensar a lacuna material pelo qual podem ter passado, se comparadas as prosperidades econômicas da geração X com a da Y. ”
Mas o que é realmente relevante para eles? Lembre-se: esses “carinhas”, tem uma característica interessante: eles usam os smartphones para muitas coisas, além de falar… Aliás, falar é o menos importante.
Segundo, é bom entender em que contexto a sua marca pretende “estabelecer” algum tipo de vínculo com este público. Quando e como vamos “conversar” com eles?
É bem importante lembrar que outras gerações também podem fazer parte do seu público alvo e eles são bem diferentes com relação aos usos do celular.
Colocando isto em perspectiva, é inevitável pensar que a dor do mobile continua a mesma e arriscaria dizer cada dia mais árdua pois temos muita tecnologia a disposição e não temos a menor ideia de como usar tanta tecnologia para surpreender nossos clientes.
O fato é que ainda precisamos aprender a usar todas as possibilidades que este meio nos traz. Isto nos leva a um ponto importante: conhecimento sobre o assunto.
Faço parte da geração que chamamos de “dino-mundo” do mobile, bem lá no comecinho, quando o SMS veio para o Brasil e começou a ser usado como serviço, em “mil novecentos e bolinha”. Vi muitas coisas legais acontecerem e outras que foram um verdadeiro desastre por falta de informação e ou ainda por serem orientados pelos “experts” que entendiam menos que você, mas tinham importado algum “modelo legal” que aconteceu fora do Brasil e deveria ser “replicado”!
Terminando de temperar este artigo, preciso dizer que nós, aqui no Brasil temos características únicas, no que diz respeito ao modelo de negócios e as próprias regras de mercado, usos, impostos, enfim.
Compreender este ecossistema passa a ser imperativo!
Estamos trabalhando em um novo projeto, para dar uma mãozinha sobre o assunto e assim, conseguir ajudar.
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